A história dos veículos a gás remonta aos primórdios da indústria automóvel.
No fim do século XIX já se produziam viaturas a gás. Mas nessa época ainda não
havia a tecnologia necessária para a compressão. Assim, os veículos tinham de
utilizar depósitos em baixa pressão, o que aumentava o seu volume de forma
desmesurada.
Mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, em muitos países do mundo os mal
cheirosos veículos a gasogénio (gás produzido a partir da queima da madeira ou
do carvão), contribuíram para que as frotas existentes se mantivessem
operacionais.
Após a guerra, o gás natural ainda não estava facilmente acessível na maioria
dos países europeus e por isso alguns deles adoptaram o GPL nos seus
transportes públicos (caso da frota de autocarros em Viena da Áustria).
A Itália foi a excepção: como dispunha de gás natural enveredou
imediatamente por esse caminho.
As fotos que a seguir se apresentam são dessas épocas remotas.
A partir de agora, quando a humanidade atinge o
Pico de Hubbert
, os transportes no mundo todo terão de utilizar cada vez mais intensamente o
gás natural (metano), que tanto pode ter origem fóssil como não fóssil.
No entanto, Portugal continua a desaproveitar o biometano que poderia produzir
nas suas Estações
de Tratamento de Águas Residuais, nos aterros sanitários e com o aproveitamento
da biomassa florestal.
Pode-se afirmar mesmo que o melhor aproveitamento possível dos biocombustíveis
não é sob a forma líquida e sim sob a forma gasosa. É o que está a fazer, por
exemplo, a cidade de
Lille, no norte da França, cujos autocarros já são movidos a biometano
, ou a
Suécia
e Suíça, cujos postos de abastecimento de GNC já fornecem uma mistura de
metano de origem fóssil e não fóssil.
17/Jul/13