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ESCLARECIMENTO À OPINIÃO PÚBLICA

Nos últimos dias os media portugueses publicaram uma profusão de notícias acerca de problemas relativos ao gás natural verificados entre a Rússia e a Ucrânia, os quais podem ter reflexos sobre o abastecimento de grande parte da Europa. Por sua vez, na televisão e nos jornais portugueses, comentaristas têm falado no assunto dando a entender que o referido problema poderia vir a afectar Portugal.

Assim, a Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural gostaria de recordar alguns pontos importantes:

1) Portugal e Espanha não dependem do gás russo. Para além de uma pequena quantidade contratada à Noruega, quase todo o gás natural consumido na Península Ibérica tem como origem o Norte de África e a Nigéria.

2) Os abastecimentos de gás natural a Portugal e Espanha são efectuados tanto em fase gasosa através de gasoduto (vindo da Argélia) como em fase liquefeita (GNL) através de navios metaneiros (vindos da Nigéria ou de outras proveniências).

3) A Península Ibérica é a região mais privilegiada da Europa em termos de segurança de abastecimento de gás natural pois, além da recepção por gasodutos, dispõe de um número considerável (sete) de terminais de GNL.

4) Portugal desde 1997, é dos países europeus mais preocupados com a segurança de abastecimento de gás natural, dispondo também de reservatórios subterrâneos para o seu armazenamento em grandes quantidades. Estes reservatórios, localizados no Carriço, Concelho de Pombal, pertencentes à REN, estão a ser ampliados para servirem de buffer stock para Portugal bem como para Espanha.

5) Convém recordar que o gás natural, ou metano, pode ser também de origem renovável: pode-se produzir biometano. A APVGN considera que a via mais promissora para o desenvolvimento dos biocombustíveis é a dos gasosos, verificando-se que a produção de biometano está em franco desenvolvimento na Suécia, Suíça, França, Espanha e Inglaterra.

6) Continua a ser válido desenvolver os veículos a gás natural (VGNs) no nosso país. Isto é verdadeiro tanto do ponto de vista ambiental como do ponto de vista da redução da factura petrolífera portuguesa. As apostas do Governo Central em matéria de transportes e energia (biodiesel) não esgotam a panóplia de soluções racionais e económicas para Portugal, nas quais incluem-se os VGNs. Hoje grande parte dos governos europeus têm políticas favoráveis ao desenvolvimento dos VGNs, nomeadamente com a disseminação de postos públicos de abastecimento de gás natural comprimido (GNC). É imperioso que também em Portugal sejam instalados postos públicos de GNC e dados os estímulos necessários para a ampliação das frotas de VGNs.

Loures, 5 de Janeiro de 2009.

Henrique Marques dos Santos
Presidente
08/Jan/09