RELATÓRIO DE GESTÃO 2009
(Aprovado na Assembleia-Geral de 20/Dezembro/2011)
As actividades promocionais da
Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural
mantiveram-se de forma contínua ao longo do exercício de 2009.
É de destacar neste exercício o lançamento da nova revista
da APVGN, a
"VGN",
com 48 páginas e uma tiragem de 700 exemplares. Além disso,
consoante as solicitações dos associados, foram elaborados
estudos e trabalhos de consultoria. Isto foi conseguido apesar das dificuldades
financeiras experimentadas pela Associação, que obrigaram a uma
redução drástica dos seus custos de funcionamento o
que conduziu ao afastamento da colaboradora administrativa, à dispensa
do escritório arrendado e de duas das três linhas
telefónicas.
Dentre os trabalhos realizados
pela Associação neste exercício podem-se destacar os
seguintes:
-
Numerosas reuniões com empresas interessadas nos VGNs
-
Numerosas reuniões com municipalidades (Loures, Portalegre,
Santarém, Odivelas, ...)
-
Aula no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), Departamento de
Mecânica, Jorge Figueiredo, 31/Março
-
Intervenção em evento promovido pela CM de Loures, J. Figueiredo,
25/Maio
-
Diligências junto às associadas CM de Lisboa e Agência de
Energia de Lisboa a pedido da Federação Portuguesa de Táxis
-
Reuniões com o CEEETA-ECO para participação no projecto
europeu "Alter-motives"
-
Reuniões com autoridades na área da energia para dirimir
questões relativas à instalação de postos de
abastecimento GNC
-
Participação em reunião da NGVA-Europe e visita à
NGV2009, Madrid, 17-19/Junho, J. Figueiredo
-
Publicação de artigo na "Transportes em Revista", Agosto
-
Apresentação da colecção de cartazes da APVGN no
stand da Amagás em exposição realizada no Palácio
dos Congressos, no Estoril, 17-18/Agosto
-
Visita às instalações fabris da Caetano Bus, Vila Nova de
Gaia, 14/Outubro
-
Elaboração de
case study
acerca da experiência da Carris com VGNs, o qual foi apresentado na
Conferência da International Gas Union, realizada em Buenos Aires em
Outubro/2009
-
Ofícios ao novo Ministro dos Transportes e ao novo Secretário de
Estado dos Transportes cumprimentando-os pela posse no cargo, instando-os a
promover a instalação de uma rede de postos públicos de
GNC e oferecendo a colaboração da Associação para
esse objectivo, 26 e 29/Outubro
Ao longo do ano a APVGN apoiou
os seus associados nas solicitações que lhe fizeram e atendeu a
inúmeros pedidos de informação efectuados pelas mais
diversas entidades. Deve-se destacar também o apoio aos associados
individuais para a obtenção de autorizações de
abastecimento de GNC em Lisboa e no Porto, as quais exigem uma grande
quantidade de trabalho administrativo sem qualquer benefício financeiro
para a Associação. Este apoio poderá tornar-se
dispensável quando, finalmente, houver postos públicos de GNC em
Lisboa e no Porto.
Por outro lado, o sítio
web da APVGN, https://apvgn.pt, continuou a ser actualizado regularmente ao
longo do ano e em 31 de Dezembro de 2009 as estatísticas do servidor
onde está alojado registaram o número total de 40.588 visitantes
únicos e um número de visitas de 52.451. As referidas
estatísticas registaram, em 2009, 475.012
hits
e uma largura de banda de 11,93 Gbytes.
Em 2009 manteve-se
quantitativamente a base associativa da APVGN, que em 31 de Dezembro contava
com 23 entidades associadas, além de numerosos sócios individuais.
De um ponto de vista geral,
verificou-se que no ano de 2009 o preço médio do petróleo
foi de US$62,55, o que representa uma redução importante em
relação à grande alta do Verão de 2008 em que
atingiu US$147/barril. Esta baixa terá persuadido muitos operadores
económicos a considerar que seria possível uma volta à
"normalidade". Assim, entre aqueles que em Portugal tinham
consciência do Pico Petrolífero alguns terão posto entre
parênteses tal preocupação. Por outro lado, a crise
económica mundial iniciada em 2008 prolongou-se ao longo de 2009, o que
também contribuiu para manter baixo o consumo mundial de petróleo
e o seu nível de preços.
Na perspectiva mundial,
verificou-se que os VGNs continuaram a progredir por todo a parte e o seu
número total chegou ao recorde de 11,1 milhões. Na Europa, muitos
governos continuaram a desenvolver políticas activas em prol dos VGNs,
nomeadamente através do apoio à instalação de
postos públicos de abastecimento de GNC e da promoção de
investimentos para a produção de biometano. É o caso
nomeadamente das autoridades da Suécia, Suíça,
Áustria, Alemanha e Espanha, cada um com a sua estratégia
particular mas todos voltados para o mesmo objectivo. O governo
português, no entanto, manteve-se omisso quanto a apoios efectivos aos
VGNs. O Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) continuou
a não prever programas de financiamento para a instalação
de postos de abastecimento de GNC e/ou GNL, nem à
renovação de frotas por VGNs e tão pouco à
produção de biometano.
EVOLUÇÃO PREVISÍVEL DA ASSOCIAÇÃO
Em 2010 a
Administração da APVGN tenciona continuar a participar de todas
as iniciativas destinadas a instalar postos de abastecimento de GNC em regime
de serviço público, nomeadamente a duas que estão em curso
no município de Lisboa, a outra que se perspectiva no município
da Maia e ainda à passagem ao regime de serviço público do
posto agora em regime de serviço privado do nosso associado Valorsul, em
São João da Talha. A abertura de postos públicos continua
a ser uma preocupação prioritária da
Associação, uma vez que a sua inexistência é
praticamente o único obstáculo para o desenvolvimento dos VGNs em
Portugal. A Associação considera que a cedência não
onerosa de terrenos a empresários privados que se disponham a instalar
postos GNC poderia dar uma contribuição poderosa para a
consecução deste objectivo. Além disso, a
Associação considera importante a instalação em
Portugal de postos de gás natural liquefeito (GNL), a fim de servir o
transporte de longo curso e as frotas que exijam maior autonomia em termos de
combustível.
Por outro lado, mesmo sem
orçamento para publicidade, a APVGN tenciona manter a
"visibilidade" possível da Associação. Isso
será feito, tal como até agora, através do seu
sítio web e aproveitando as oportunidades que surgirem para intervir em
eventos públicos e nos media especializados.
RESULTADOS
A APVGN tem conseguido
manter-se graças sobretudo à contenção dos seus
custos de funcionamento. A remuneração do seu colaborador
permanente, nunca aumentada desde a sua constituição em 2001, foi
praticamente nula em 2009. Assim, do ponto de vista financeiro, através
do Balanço, foi possível conseguir uma situação
equilibrada pois as responsabilidades encontram-se garantidas pelas
disponibilidades. O activo é constituído por 0,05% de
imobilizado, 27,4% de dívidas de terceiros e 72,55% de disponibilidades,
ao passo que o passivo é constituído, essencialmente, pela
rubrica de Acréscimos de Custos, relativos aos honorários a
liquidar, pela conta de Proveitos Diferidos relativamente ao GNC a debitar aos
associados, cujos valores já foram recebidos, não existindo
praticamente dívidas a terceiros.
Deve-se destacar que desde a
constituição da APVGN o valor das quotas dos associados nunca
sofreu qualquer aumento ¯ apesar da inflação verificada no
período 2001-2009. O Conselho de Administração considera
que, enquanto for possível, esta política será de manter.
O aumento dos recursos financeiros da Associação deveria se
conseguido, preferencialmente, pelo aumento da sua base associativa.
No plano económico a
Associação apresenta custos no valor de 43.393,58 que
foram cobertos com quotizações dos associados,
facturação de serviços prestados, juros obtidos de
depósitos bancários e pela afectação de
subsídio à exploração. Assim, e depois de
constituída uma dotação para amortizações no
valor de 698,65, o resultado líquido do exercício apurado
foi de 184,01, o qual propomos à Assembleia-Geral seja
transferido para a conta de Resultados Transitados.
Eng. Henrique Marques dos Santos (Presidente)
Eng. Téc. Gregório Laranjo (Vice-Presidente)
Lic. Jorge F. G. de Figueiredo (Vice-Presidente)
Eng. Jorge Manuel Rocha Teixeira (Vice-Presidente)
Eng. Tomás Serra (Vice-Presidente)
Eng. Luís Gomes Pereira (Vice-Presidente)
Eng. José Costa Pereira (Vice-Presidente)
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