As actividades da
Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural
mantiveram-se normais ao longo do exercício de 2010. Foi publicado o
terceiro número da "VGN", revista da APVGN; foram atendidas as
solicitações dos associados assim como numerosos pedidos de
esclarecimento. No exercício de 2010, graças ao severo corte de
despesas efectuado no exercício de 2009, foi possível
reequilibrar as finanças da Associação. Em 2010
verificou-se também a entrada de novos associados.
Dentre os trabalhos realizados
em 2010 pela Associação podem-se destacar:
-
Reuniões com uma importante empresa de transportes de mercadorias e
elaboração de estudo.
-
Apoio à Autocoope em diligências junto à Câmara
Municipal de Lisboa
-
Elaboração de parecer para o IMTT acerca de um projecto de
decreto-lei
-
Participação em evento da Federação Portuguesa de
Táxis
-
Participação em reunião do CCDRN (31/Maio)
-
Participação em evento no DTEA/IST (02/Junho)
-
Elaboração de estudo para o CEEETA-ECO no âmbito do
projecto europeu "Alter-motives", com intervenção no
workshop que se seguiu (27/Setembro)
-
Intervenção em evento da Agência Municipal de Energia do
Seixal (21/Outubro)
-
Assistência a curso da ERSE sobre tarifação do gás
natural (04/Novembro)
-
Organização e realização de sete cursos sobre
manutenção e conservação de VGNs na Câmara
Municipal de Lisboa, destinado ao pessoal das oficinas (Novembro)
-
Edição de auto-colante electrostático para afixar nos VGNs
dos associados (acerca de permissões de estacionamento)
-
Participação em evento promovido pela TIS, empresa consultora de
transportes (25/Novembro)
-
Reuniões com importante cadeia de supermercados e
elaboração de estudo
Ao longo do ano a APVGN apoiou
os seus associados nas solicitações que lhe fizeram e atendeu a
inúmeros pedidos de informação efectuados pelas mais
diversas entidades. Deve-se destacar também o apoio aos associados
individuais para a obtenção de autorizações de
abastecimento de GNC em Lisboa e no Porto, as quais exigem uma grande
quantidade de trabalho administrativo sem qualquer benefício financeiro
para a Associação. Este apoio poderá tornar-se
dispensável quando, finalmente, houver postos públicos de GNC em
Lisboa e no Porto.
Por outro lado, o sítio
web da APVGN, https://apvgn.pt, continuou a ser actualizado regularmente ao
longo do ano e em 31 de Dezembro de 2010 as estatísticas do servidor
onde está alojado registaram o número total de 40.721 visitantes
únicos e um número de visitas de 63.426. As referidas
estatísticas registaram, em 2010, 498.970
hits
e uma largura de banda de 49,63 Gbytes.
Em 2010 aumentou a base
associativa da APVGN, que em 31 de Dezembro contava com 31 entidades
associadas, além dos numerosos sócios individuais.
De um ponto de vista geral,
verificou-se que no ano de 2010 o preço médio do petróleo
Brent foi de US$80,24/barril, o que representa um ligeiro aumento em
relação ao preço médio de 2009 (US$62,55). O
aumento do nível de consciência quanto ao Pico de Hubbert
continuou a aumentar, mas este ainda não foi suficiente para decidir os
actores económicos portugueses a enveredarem pelo caminho dos VGNs.
Além disso, o facto de o governo central acenar com
soluções inócuas ou absurdas contribuiu para a
confusão de ideias que grassa no sector da energia e transportes. Por
outro lado, a crise económica mundial iniciada em 2008, que se prolongou
por 2009 e 2010, ajudou a manter baixa a procura mundial de petróleo e
portanto os seus preços.
Na perspectiva mundial,
verificou-se que os VGNs continuaram a progredir por todo a parte e o seu
número total chegou ao recorde de 12,5 milhões. Na Europa, muitos
governos continuaram a desenvolver políticas activas em prol dos VGNs,
nomeadamente através do apoio à instalação de
postos públicos de abastecimento de GNC e da promoção de
investimentos para a produção de biometano. Neste panorama geral,
só Portugal permaneceu estagnado. Em 2010 o governo português foi
omisso quanto a apoios efectivos aos VGNs. O Quadro de Referência
Estratégico Nacional (QREN) continuou a não prever quaisquer
programas de financiamento para a instalação de postos de
abastecimento de GNC e/ou GNL, nem à renovação de frotas
por VGNs e tão pouco à produção de biometano.
EVOLUÇÃO PREVISÍVEL DA ASSOCIAÇÃO
Em 2011 a APVGN
continuará a participar de todas as iniciativas destinadas a instalar
postos de abastecimento de GNC em regime de serviço público,
nomeadamente a duas que estão em curso no município de Lisboa, a
outras que se perspectivam e ainda à passagem ao regime de
serviço público do posto agora em regime de serviço
privado do nosso associado Valorsul, em São João da Talha. A
abertura de postos públicos continua a ser a preocupação
prioritária da Associação, uma vez que a sua
inexistência constitui praticamente o único obstáculo para
o desenvolvimento dos VGNs em Portugal. A Associação considera
que a cedência não onerosa de terrenos a empresários
privados que se disponham a instalar postos GNC poderia dar uma
contribuição poderosa para a consecução deste
objectivo. Além disso, a Associação considera importante a
instalação em Portugal de postos de gás natural liquefeito
(GNL), a fim de servir o transporte de longo curso e as frotas que exijam maior
autonomia em termos de combustível.
Por outro lado, apesar de
não dispor de orçamento para publicidade, a APVGN
procurará manter a "visibilidade" possível da
Associação. Isso será feito, tal como até agora,
através do seu sítio web, através da edição
da revista "VGN" e mediante o aproveitamento das oportunidades que
surgirem para intervir em eventos públicos e nos media especializados.
RESULTADOS
A APVGN tem conseguido
manter-se graças sobretudo à contenção dos seus
custos de funcionamento. A remuneração do seu colaborador
permanente nunca foi aumentada desde a sua constituição em 2001.
Assim, do ponto de vista financeiro, em termos de Balanço, a
situação encontra-se equilibrada pois as responsabilidades
encontram-se garantidas pelas disponibilidades. O activo é
constituído por 0,05% de imobilizado, 27,4% de dívidas de
terceiros e 72,55% de disponibilidades, ao passo que o passivo é
constituído, essencialmente, pela rubrica de Acréscimos de
Custos, relativos aos honorários a liquidar, pela conta de Proveitos
Diferidos relativamente ao GNC a debitar aos associados, cujos valores
já foram recebidos, não existindo praticamente dívidas a
terceiros.
Deve-se destacar que desde a
constituição da APVGN o valor das quotas dos associados nunca
sofreu qualquer aumento ¯ apesar da inflação verificada no
período 2001-2010. O Conselho de Administração considera
que, enquanto for possível, esta política será de manter.
O aumento dos recursos financeiros da Associação deveria ser
conseguido, preferencialmente, pelo aumento da sua base associativa.
No plano económico a
Associação apresenta custos no valor de 43.393,58 que
foram cobertos com quotizações dos associados,
facturação de serviços prestados, juros obtidos de
depósitos bancários e pela afectação de
subsídio à exploração. Assim, e depois de
constituída uma dotação para amortizações no
valor de 698,65, o resultado líquido do exercício apurado
foi de 184,01, o qual propomos à Assembleia-Geral seja
transferido para a conta de Resultados Transitados.