A Secretária de Estado dos Transportes, Engª Ana Paula Vitorino, defende os veículos a gás natural (VGNs) como solução para os transportes públicos de passageiros em Portugal. Abaixo trechos do discurso que pronunciou em 15/Outubro/2005 no encerramento Fórum dos Transportes Rodoviários de Passageiros, promovido pela ANTROP, no Centro Cultural de Belém:
“Portugal, como aliás a generalidade dos países Europeus, está confrontado com uma situação complexa do ponto de vista energético, agravada com escalada de preços do barril de petróleo. No caso português, verifica-se que a grande fatia da energia final consumida no país – cerca de 60% – provêm do petróleo, e desta mais de 66% respeita a consumos no sector dos transportes”. (…)
“A introdução de combustíveis alternativos nos transportes constitui uma prioridade da política da União Europeia, tendo nomeadamente fixado o objectivo de substituir 20% dos combustíveis tradicionais até ao ano 2020, tendo como pistas mais promissoras os biocombustíveis e o gás natural.
“Se por um lado é fundamental a adopção de medidas que promovam a utilização do transporte colectivo e o uso racional do transporte individual, melhorando a eficiência e sustentabilidade do sistema global, não será menos importante o incentivo à inovação e à utilização dos modos de transporte, equipamentos e energias menos poluentes, através da adopção de medidas que diferenciem positivamente a respectiva adopção.
“No que respeita aos transportes colectivos rodoviários a solução imediata e com tecnologia plenamente desenvolvida e dominada, passará pela generalização da utilização dos veículos a gás natural.
“Esta tecnologia é perfeitamente aplicável às frotas existentes de autocarros de passageiros em meio urbano. Aliás, Portugal tem actualmente boas experiências nesta solução, de que são exemplo a STCP já a operar 225 autocarros a gás natural; os TUB com 15; a Carris com 40 e a MoveAveiro operando com 3 unidades.
“Outros países europeus já estão a intensificar e acelerar as medidas em favor dos veículos a gás natural, como é o caso de França, Itália e Alemanha” . (sublinhados nossos)
O texto integral do discurso será enviado a quem o solicitar.