A notícia abaixo transcrita mostra as graves consequências da não generalização dos veículos a gás natural (VGNs) em Portugal. Os transportes terrestres são o grande responsáveis pelas emissões poluentes nas zonas urbanas. Elas poderiam ser drasticamente reduzidas com a generalização dos VGNs, tal como se faz em muitas outras cidades europeias.
Contudo, a não existência de postos públicos de abastecimento de VGNs em Lisboa e no Porto impede que tal solução possa ser adoptada. Os operadores de frotas destas cidades estão impedidos de evoluir para o gás natural devido à falta de postos de abastecimento com caráter público.
A inércia das autoridades ambientais portuguesas e das demais entidades governamentais — com a excepção honrosa da Direcção-Geral de Transportes Terrestres — entrava o desenvolvimento dos VGNs. Cabe ao governo determinar que as empresas distribuidoras de gás natural abram postos públicos de abastecimento de VGNs nas suas respectivas zonas de distribuição.
E’ urgente a instalação de postos públicos de gás natural comprimido em todas as grandes cidades portuguesas. Estudos desenvolvidos pela APVGN demonstram a grande apetência das empresas de taxis e de outros operadores de frotas urbanas (correios, entregas urbanas, camiões de de lixo, veículos de placas de aeroportos, autocarros, etc) por tal solução. Neste momento já existe uma procura contida que não pode ser satisfeita devido à inexistência dos referidos postos públicos.
A APVGN está pronta a colaborar com quaisquer interessados, públicos ou privados, que estejam dispostos a abrir postos públicos de abastecimento de VGNs na Grande Lisboa ou no Grande Porto .
Henrique Marques dos Santos, Presidente da APVGN
Jorge F. G. de Figueiredo, Vice-Presidente da APVGN